Mês: agosto 2019

Após o término das gravações da novela “Ti Ti Ti”, o ator Caio Castro realizou uma viagem ao Colorado, nos Estados Unidos e quebrou o braço enquanto esquiava.

“Apesar de não ser praticado no Brasil por motivos óbvios, o esporte na neve é muito popular nos países da Europa e América do Norte. A experiência dos brasileiros com o esqui ocorre geralmente em viagens de férias”, explica o ortopedista da Orto Corpore Carlos Henrique Fernandes.

Segundo o ortopedista, esse tipo de lesão é comum na prática dessa atividade “as lesões traumáticas são frequentes durante a prática dos chamados esportes de inverno e a literatura médica é bem específica”.

Fernandes participou de um treinamento em cirurgia de mão na Filadélfia e em Boston e acompanhou casos semelhantes ao do ator “durante meu treinamento em cirurgia da mão, tive a oportunidade de acompanhar o tratamento de vários pacientes que fraturaram o punho durante a prática recreacional do esqui e do snowboard. Alguns deles necessitaram até de cirurgia para correção da fratura. Este tipo de lesão acontece tipicamente com praticantes iniciantes”.

Se você pretende viajar e vai praticar esse tipo de esporte, o ortopedista passa algumas recomendações:

– Siga os códigos de segurança da pista de esqui. Se você provocar um acidente pode ser responsabilizado criminalmente.

– Fique atento as orientações do seu instrutor. As lesões são mais comuns em iniciantes e maus hábitos aprendidos no inicio são difíceis de corrigir mais tarde.

– Alugue equipamento de uma empresa recomendada. Os funcionários da empresa devem ajustar seu equipamento. Nunca utilize equipamentos emprestados se não forem próprios para seu peso e altura. Os equipamentos devem incluir roupas adequadas, capacete de proteção, óculos de sol de boa qualidade e protetor solar.

– Faça alongamentos antes. Eles evitam lesões.

– Reconheça quando você precisa de um descanso, pois, a maioria dos acidentes ocorre quando o praticante está cansado.

– Nunca vá além da sua habilidade, não tente acompanhar amigos mais experientes, mas também, nunca vá para uma pista sozinho.

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De acordo com os últimos estudos multicêntricos, a dor lombar atinge de 50 a 78% das gestantes.Um dado alarmante contando que poucas se previnem com relação ao quadro da dor lombar, o que provoca grande desconforto e prejudica a qualidade de vida dessas mulheres durante o período gestacional e podem persistir meses após o parto também.

A grande maioria das mulheres, cerca de dois terços, não recebem informação com relação à prevenção da dor lombar na gestação.

Quando a mulher engravida, inúmeras são as mudanças que ocorrem no organismo. Alterações biomecânicas, vasculares e hormonais promovem uma mudança no centro gravitacional alterando o eixo de carga, os ligamentos ficam mais “frouxos” e com isso ocorre um aumento da lordose fisiológica.

É por isso que a mulher começa a alargar a base para andar, dá passos mais curtos, sobrecarrega a região lombar com o aumento do abdômen “jogando as costas para trás”. Aquela que já tinha lombalgia antes da gestação, tem uma predisposição maior a apresentar durante.

Existe prevenção e tratamento para lombalgia gestacional? Claro que existe e são diversas as formas de orientações e exercícios que auxiliam na prevenção da dor lombar e melhoram a disposição da gestante.

A prevenção consiste de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular lombar e abdominal, assim como dos membros inferiores, importantíssimos para a manutenção do equilíbrio e postura. Podem e devem ser iniciados, se possível, antes, durante e após a gestação. Musculação, hidroginástica, pilates, yoga, todos os exercícios feitos de maneira moderada são bem vindos.

Quando a dor já está instalada, temos o tratamento medicamentoso com analgésicos, fisioterapia, acupuntura e outras terapias coadjuvantes que podem reduzir e até mesmo eliminar as dores.

Resumindo, a prática regular de exercícios pré, intra e pós-gestacional ajuda a prevenir a lombalgia que tanto aflige as mulheres. Pratique sob supervisão do seu ortopedista e obstetra.

O joelho apresenta os meniscos medial e o lateral, que funcionam como um amortecedor entre o fêmur e a tíbia, absorvendo os impactos, mantendo a estabilidade articular, além de ajudar a distribuir o liquido sinovial e na propriocepção.

A lesão meniscal, comum tanto em jovens quanto adultos e idosos, apresenta-se de diversas formas. A lesão é desencadeada por atividades físicas e pode provocar dor, bloqueio articular, derrame e falseio, além de apresentar períodos de acalmia. O diagnóstico é feito a partir de exame físico específico e confirmado com a ressonância magnética.

As lesões podem ser agudas ou crônicas, sendo que as agudas são mais comuns em jovens e relacionadas a traumas. Já as crônicas, que são degenerativas, acontecem geralmente em idosos. Existe ainda o de causa congênita, como o menisco discóide. As lesões meniscais estão associadas em 65% dos casos das rupturas agudas do ligamento cruzado anterior (LCA) e em 98% nas rupturas crônicas.

O tratamento depende de vários fatores, entre eles: o tempo de lesão, a localização, a idade do paciente, lesões associadas, a atividade física praticada e principalmente o tipo ou tamanho da lesão meniscal. 

Inicia-se com medicação analgésica e antiinflamatória, fisioterapia, repouso relativo e em último caso, indica-se o tratamento cirúrgico. Atualmente, com o advento da artroscopia, o tratamento e a reabilitação são muito mais simples e melhores do que antigamente, quando se fazia por um acesso cirúrgico maior, que provocava mais dor e dificuldade para recuperação. 

Existem basicamente três tipos de cirurgia: sutura meniscal, meniscectomia parcial ou meniscectomia total. O paciente deve discutir com o seu ortopedista, após avaliação clínica criteriosa juntamente com exames complementares, qual a melhor forma de tratamento.

Muitos pacientes ficam na dúvida sobre o que é realmente a prótese total do joelho, ou também conhecido como artroplastia total do joelho. Elas podem ser totais ou unicompartimentais e são indicadas nos casos em que o tratamento conservador já não tem mais o efeito analgésico e funcional para o paciente com artrose do joelho.

A artrose do joelho é uma doença de caráter inflamatório e degenerativo que provoca a destruição da cartilagem articular, podendo levar a dor, limitação funcional e deformidade da articulação.

As causas de início precoce da artrose são por doenças inflamatórias (artrite reumatóide, lúpus, espondilite anquilosante, artrite psoriática, artrite associada à doenças intestinais), infecciosas ou pós-traumática que envolvam a cartilagem. Podem acometer um, dois ou três dos compartimentos do joelho.

As causas primárias são decorrentes de sobrepeso, alterações biomecânicas (desequilíbrio muscular, lesão meniscal, lesões condrais, etc) e geralmente acometem pacientes após a meia-idade.

A prótese do joelho consiste de componentes de zinco e cobalto e outro de polietileno, onde vão substituir a cartilagem danificada, melhorando substancialmente a dor e qualidade de vida do paciente. Permite ao paciente deambular e até praticar esportes de baixo impacto como golfe, natação, dança, bicicleta, dirigir, etc.

Deverão ser evitados atividades de alto impacto como salto, esportes de contato, escaladas, corridas, etc.

Em geral, a vida média útil dessas próteses é de 15 anos quando serão trocadas se houver soltura ou desgaste excessivo.

Existem diversos tipos de próteses: unicompartimentais, de base fixa ou rotatória, auxiliadas por navegador (computador), etc. Estes devem ser discutidos com seu ortopedista para entender melhor as características de cada um.

O cirurgião ortopedista pode avaliá-lo e orientá-lo sobre os benefícios da cirurgia.

O Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças no Trabalho é celebrado todo dia 28 de abril. A data também é considerada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. 

Tudo que fazemos, desde os mais simples gestos como um abano do dedo indicador como forma negativa até os movimentos mais precisos como durante a realização de uma cirurgia utilizamos nossas mãos. Elas são nossas ferramentas naturais de contato com o meio externo. Por isso, infelizmente, nossas mãos estão expostas a lesões provocadas por traumas acidentais.

No trabalho, os acidentes que envolvem as mãos são os campeões de estatísticas. Dados da Dataprev indicam, em 2004, 7.405 amputações de mãos entre os cerca de 23 milhões de segurados do Seguro de Acidentes do Trabalho. A conta de tudo isto, quem paga somos todos nós, contribuintes que pagamos nossosimpostos. São R$ 32,8 bilhões gastos por ano, segundo dados da Previdência Social, com benefícios por incapacidade temporária ou permanente, considerando-se que parte majoritária da assistência é prestada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que os benefícios por incapacidade temporária ou permanente são arcados pelo Ministério da Previdência Social e que parcela dos trabalhadores passa a ser beneficiária da Assistência Social.

O cirurgião não usa luvas para se proteger e proteger o paciente? O goleiro de futebol não usa luvas? Porque então não proteger as mãos nas diversas atividades? Porque não seguir as regras de segurança?

Lembre-se, a prevenção é fundamental. Seja cuidadoso com as suas mãos.

Nascido na França, Augustine Rodin realizou suas primeiras esculturas na cozinha de sua mãe, com a massa que ela usava para fazer pão.

No ano de 1875, ele realizou uma viagem à Itália. Lá se interessou principalmente pela obra de Michelangelo, mais precisamente pelas esculturas.

Quando em uma exposição mostrou sua escultura “A Idade do Bronze”, um homem nu em tamanho real, foi acusado de moldar suas formas direto no corpo do modelo, tal a perfeição dos detalhes.

O perfeccionismo de suas esculturas é impressionante nas mãos. Foram várias esculturas de mãos em diversas posições. Na obra A Mão de Deus, há uma ambivalência de significados: a mão divina é na realidade a de um escultor em plena atividade. Rodin duplicava frequentemente as suas estátuas e algumas das mãos foram também usadas duas vezes.

Meu interesse por Augustine Rodin surgiu por acaso. Em 1999, quando estava fazendo treinamento no Philadelphia Hand Center, conheci a esposa do Prof. Lee Osterman, que me recomendou conhecer o Museu de Arte da Filadélfia.

Na exposição do Museu havia algumas peças de Rodin e descobri que vizinho àquele Museu existia um Museu Rodin, com peças exclusivas do artista. Ao conhecê-lo fiquei apaixonado pelas esculturas de mãos. A partir deste dia me tornei fã e li vários livros sobre o artista. Em 2003 fui fazer um curso do Institute Français de la Main e tive o prazer de conhecer o Museu Rodin de Paris, dedicado às suas obras e vida.

Até o dia 13 de dezembro, o Masp recebe uma mostra com 22 obras e quase 200 fotografias do processo de criação do artista. Não deixem de visitar a exposição.

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma disfunção hormonal ovariana caracterizada por aumento dos hormônios masculinos, os andrógenos, dificuldade de ovulação, alteração menstrual com ciclos longos, hirsutismo, acne e obesidade.

É uma síndrome frequente entre as mulheres, que foi descrita pela primeira vez por Stein Levental há mais de cinqüenta anos. Atualmente, já se sabe que alguns casos cursa também com resistência à insulina, e pode evoluir a longo prazo para o Diabete Melitus tipo II, o que torna importante seu tratamento assim que diagnosticada.

Além da potencialidade do desenvolvimento de diabete, outro aspecto relevante diz respeito à fertilidade, que diminui com o hiperandrogenismo e anovulação crônica. 

A auto-estima fica comprometida pela obesidade, aumento de pêlos e acne que muitas vezes se somam. Muitos tratamentos são propostos e, com eficácia, no sentido de controlar a produção hormonal em excesso: hormonioterapia, hipoglicemiantes, atividade física e até mesmo intervenções cirúrgica ovarianas são propostos no tratamento.

A acupuntura empregada como adjuvante neste arsenal terapêutico, reforça a eficácia, podendo ser utilizada na forma clássica. Isto é, com aplicações de agulhas em pontos previamente selecionados caso a caso, também pode ser potencializada pela técnica da eletroacupuntura, onde ondas elétricas moduladas são associadas às agulhas, por tempo determinado com aparelhos específicos.

Os mecanismos neurofisiológicos da acupuntura já estão bastante esclarecidos e a eletroacupuntura estimula a liberação de mediadores químicos endógenos por vias nervosas, que atingem o sistema nervoso central, e, no caso da SOP, estimulam os hormônios do sistema hipotálamo/hipófise/ovário.

Portanto a eficácia do emprego da acupuntura em mais esta patologia ginecológica tem sido comprovada e torna-se uma opção de tratamento.

O idoso é um paciente especial. Em alguns casos, as pessoas nesta faixa etária apresentam problemas de saúde paralelos, como o diabetes, a hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, renal e hepática. Apesar da coexistência desses problemas de saúde, deve-se buscar sempre a melhora da qualidade de vida do idoso.

As artrites são frequentes causas de dores na mão dos idosos. Nas mulheres o acometimento mais comum é na articulação trapézio–metacarpo. Esta artrite provoca dores na base do polegar quando a paciente faz seus movimentos. A artrite também é comum nas articulações dos dedos, que acarretam rigidez e dor aos movimentos.

Na atualidade, há excelentes dispositivos de substituição articular (próteses) feitas de um material chamado pirocarbono – material com características mecânicas muito parecidas com o osso e é produzido a partir de reação nuclear. A substituição articular provoca alívio das dores e melhora a movimentação articular.

Com certa frequência, a artrite da mão é acompanhada de tenossinovites estenosantes, chamadas também de dedo em gatilho e da síndrome do túnel do carpo.

Outro problema corrente é a síndrome do túnel do carpo, que provoca dores e formigamentos nos dedos, principalmente durante a noite. Com a progressão da doença, a idosa perde a sensibilidade dos dedos e os objetos como copos e pratos começam a cair de sua mão com frequência.

A perda da sensibilidade também atrapalha a idosa na realização de trabalhos manuais como bordado, crochet e tricô. O tratamento cirúrgico com sistema de vídeo permite acabarmos o problema com pequenas incisões e rápida recuperação sem a necessidade de internação hospitalar.

A contratura da aponeurose palmar (Dupuytren) acomete o idoso e provoca a flexão rígida dos dedos, atrapalhando o idoso a realizar as atividades manuais mais simples. Nesse caso, a cirurgia ambulatorial permite a correção da deformidade com o mínimo de morbidade