Rodin, o escultor das mãos
30/11/2009
Nascido na França, Augustine Rodin realizou suas primeiras esculturas na cozinha de sua mãe, com a massa que ela usava para fazer pão.
No ano de 1875, ele realizou uma viagem à Itália. Lá se interessou principalmente pela obra de Michelangelo, mais precisamente pelas esculturas.
Quando em uma exposição mostrou sua escultura “A Idade do Bronze”, um homem nu em tamanho real, foi acusado de moldar suas formas direto no corpo do modelo, tal a perfeição dos detalhes.
O perfeccionismo de suas esculturas é impressionante nas mãos. Foram várias esculturas de mãos em diversas posições. Na obra A Mão de Deus, há uma ambivalência de significados: a mão divina é na realidade a de um escultor em plena atividade. Rodin duplicava frequentemente as suas estátuas e algumas das mãos foram também usadas duas vezes.
Meu interesse por Augustine Rodin surgiu por acaso. Em 1999, quando estava fazendo treinamento no Philadelphia Hand Center, conheci a esposa do Prof. Lee Osterman, que me recomendou conhecer o Museu de Arte da Filadélfia.
Na exposição do Museu havia algumas peças de Rodin e descobri que vizinho àquele Museu existia um Museu Rodin, com peças exclusivas do artista. Ao conhecê-lo fiquei apaixonado pelas esculturas de mãos. A partir deste dia me tornei fã e li vários livros sobre o artista. Em 2003 fui fazer um curso do Institute Français de la Main e tive o prazer de conhecer o Museu Rodin de Paris, dedicado às suas obras e vida.
Até o dia 13 de dezembro, o Masp recebe uma mostra com 22 obras e quase 200 fotografias do processo de criação do artista. Não deixem de visitar a exposição.
Ortopedista, especialista em Cirurgia de Mão da Orto Corpore